quarta-feira, 11 de maio de 2011

A amizade com Deus - parte 2

Amigos? Servos? Ou alguma outra coisa?

Na última postagem, começamos a falar sobre amizade, que se caracteriza pelo ato de AMAR. Falamos sobre a única AMIZADE PERFEITA possível, que é a que podemos ter com Deus, que nos ama incondicionalmente com o maior amor que o mundo já viu. Ele é nosso amigo e deseja que sejamos Seus amigos de igual modo. Para tanto, devemos apenas obedecê-Lo, maneira como Jesus nos ensinou a demonstrar o nosso amor por Ele (João 14:21). Vejamos novamente os versículos 13, 14 e 15 do Capítulo 15 de João, sob uma nova ótica:
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, SE FIZERDES o que eu vos mando. JÁ VOS NÃO CHAMAREI SERVOS, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; MAS TENHO-VOS CHAMADO AMIGOS, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. João 15: 13-15
Após explicar que não poderia haver melhor amigo do que Ele, Jesus fala que, quando nos tornamos também Seus amigos, evoluímos no relacionamento com Ele; alcançamos um novo patamar. Somos promovidos a amigos, deixando de ser chamados de servos. Vocês conseguem imaginar qualquer outro rei chamando seus súditos de amigos apenas por o obedecerem? Não sei quanto a vocês, mas para mim isso soa como um grande privilégio; não combina com o padrão pomposo da monarquia que estamos acostumados a ver por aí. Ao obedecer às ordens de seu senhor, um servo não faz mais do que a sua obrigação.

Mas, Jesus sempre foi um rei diferente. Ele é o maior de todos, é o Rei dos reis, mas ainda assim é humilde. Ele é todo poderoso, mas foi capaz de abrir mão de toda a sua glória um dia e morrer por amor a nós (Filipenses 2). Este Rei nos ama ao ponto de nos conceder hoje a honra de sermos chamados Seus amigos. Basta que façamos a nossa obrigação como servos. Basta que façamos o que Ele nos manda; basta que façamos a Sua vontade. Ser servo de Deus já é um grande privilégio, mas ser chamando de amigo por Ele não tem nem como mensurar o tamanho de tal honraria.

E por que será que não agarramos esta rica oportunidade com todas as nossas forças? Por que será que muitos não querem ter o privilégio de serem promovidos a amigos. Por que preferem continuar sendo somente servos? Talvez seja porque um amigo procura sempre saber o que agrada o outro em uma atitude proativa para fazê-lo feliz. Talvez seja justamente porque um amigo deve amar (entendam obedecer) em TODO TEMPO.
O amigo AMA EM TODOS OS MOMENTOS e para a hora da angústia nasce o irmão. Provérbios 17:17
O papel de servo é muito mais fácil se analisarmos em um caso de servidão terrena. Ele até cumpre ordens, mas não necessariamente em todos os momentos. O servo obedece para que não seja “punido, não por amor ao seu senhor. Há um horário de expediente a ser cumprido e um período do dia que fica longe da presença do seu senhor. Não é requerida sinceridade e a obediência só precisa ser exercida na frente do seu senhor; buscar fazer o que deixa o seu senhor feliz o tempo todo não passa nem pela sua cabeça, muito menos ir além de suas obrigações. O Servo pode até falar mal do senhor em sua ausência e, por não ser notado, ainda assim continuar sendo um “bom” servo. Talvez haja até um desejo de tirar umas férias mais longas de vez em quando ou de ser remunerado pelo seu serviço. Não é justo que alguém não tenha todos os direitos que um trabalhador livre deve ter em pleno século XXI, ele pode pensar. Afinal, não há lugar algum onde seja dito que um servo deva amar ou obedecer em todo tempo. Um amigo sim deveria, mas não um servo.

Posso imaginar estas características para um servo de um senhor comum; para um criado de um senhor limitado; mas não para um servo de Deus. Não do Deus que sirvo, de cuja presença não é possível se esconder.
Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? PARA ONDE PODERIA FUGIR DA TUA PRESENÇA? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Salmos 139:7-8
De fato, há muitas pessoas que se consideram servas de Deus por manterem uma rotina religiosa. Elas ficam seguras em seus ambientes cúlticos, obedecem muitos mandamentos e são fiéis na frente de seus líderes espirituais. Todavia, há sempre um tempinho fora do seu “expediente”; há sempre aqueles momentos privados longe de qualquer olho curioso para fugir às regras, há sempre motivos (ou desculpas) para desobedecer. Tais pessoas, embora escapem aos olhos de seus líderes para praticar algo que “não tem nada a ver”, se consideram servas e estão satisfeitas com esta posição. Entretanto, para Deus, não existe meio termo; mais ou menos não é tolerado; o morno é vomitado (Apocalipse 3:16). Ou se é ou se não é. NÃO HÁ MÁSCARA QUE OCULTE ROSTO ALGUM DO SENHOR. Diante dEle, tudo é revelado e, mesmo sentindo-se à vontade para desobedecerem onde julgam estar sozinhos, os olhos do Senhor enxergam todos os lugares. O servo de um senhor comum consegue até se ocultar de sua presença para desobedecê-lo, mas um servo do Senhor Deus todo poderoso não pode assim fazer. Por isso, não há como ser servo sem obedecê-Lo em todos os momentos também. Ou seja, se não somos como amigos de Deus, amando-O e obedecendo-O em todo tempo, tampouco podemos nos considerar servos.

Como conclusão, podemos afirmar que aqueles que se contentam em permanecerem servos para poderem dar uma “escapadinha” de vez em quando, desperdiçam o privilégio de serem chamados AMIGOS e, ainda que pensem equivocadamente, também não são SERVOS. Para Deus, servos e amigos têm as mesmas características: AMAM E OBEDECEM EM TODOS OS MOMENTOS. 

Que possamos sempre lutar com todas as nossas forças e contar com a ajuda do Espírito Santo para que sejamos verdadeiramente AMIGOS DE DEUS. Caso, contrário, ainda que nos contentemos em ser chamados SERVOS, podemos estar apenas nos enganando, perdidos em nossos rituais e achando que servimos, quando não o fazemos. Desse jeito, passamos a ser NEM UMA COISA NEM OUTRA. 


Mas, o que passamos a ser então? Falaremos sobre isso na Parte 3. Não percam! To be continued... rs

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A amizade com Deus - parte 1

A amizade perfeita

Durante toda a nossa vida, nos deparamos com muita gente. Nossos colegas de escola, de faculdade, de trabalho... Nossos parentes, vizinhos, conhecidos... Pessoas que encontramos na rua, que fazemos negócio ou que nos prestam serviços... Enfim, muita gente. Mas quantas destas pessoas podemos chamar de amigos? De quantas somos amigos de verdade? Quais são as características que um bom amigo deve ter? O que podemos chamar de amizade verdadeira? Para respondermos, vamos começar com uma reflexão sobre um versículo da bíblia:
O amigo AMA em todos os momentos e para a hora da angústia nasce o irmão. Provérbios 17:17
O amigo deve AMAR em todo tempo e se torna um irmão no tempo da adversidade. Este versículo nos mostra que a amizade é exercida por uma AÇÃO. O ato de amar ou não é que faz de alguém um amigo ou não de outro. O amigo é aquele que exerce o amor sobre a vida do outro, não o que recebe o amor. Assim, pode haver casos em que só uma das partes ama a outra; só uma é amiga da outra.

Como qualquer relação, a amizade é uma via de mão dupla. Temos a tendência, porém, de enfatizar que a amizade depende da consideração dos outros. Não depende. Mais importante do que avaliarmos se OS OUTROS NOS CONSIDERAM OU NÃO seus amigos, é sabermos SE SOMOS OU NÃO seus amigos. E para tanto, basta avaliarmos SE AMAMOS ou não este alguém. 

Saber que alguém nos considera amigos é também muito importante se for com o intuito de avaliarmos o quanto esta pessoa se sente feliz com a nossa vida, mas a ênfase nesta opinião nos leva a não assumirmos nossa responsabilidade na relação e pode nos impedir de identificarmos a importância de nossa ATITUDE diante dos amigos. Amar é uma ação e não apenas um sentimento e é somente através das atitudes que os outros percebem que somos seus amigos. Se você não demonstra seu amor com ações, provavelmente você não ama de verdade; provavelmente sua amizade não é verdadeira.

Baseada no amor, a amizade verdadeira é caracterizada pela lealdade em todo tempo, sobretudo nos momentos de adversidade. O real amigo é aquele que ama de forma desinteressada, sabe o que é melhor para o outro e faz tudo pelo seu bem sem esperar retorno ou gratificação. O bom amigo ama apesar de defeitos, mas sempre é sincero para aconselhar e não passar a mão na cabeça quando o outro erra. Ele também conhece profundamente seu amigo, compartilha suas visões e segredos, e acrescenta à vida do outro, tornando-o uma pessoa melhor.

Conforme diz provérbios 18:24, são pouquíssimos os amigos que podemos dizer que são mais chegados que irmãos ou nos quais conseguimos encontrar TODAS as características mencionadas acima. Podemos até encontrá-los, mas dificilmente acharemos alguém perfeito aqui na terra. Nossas amizades não são baseadas na perfeição, mas no amor. Certamente, podemos pensar em pessoas que amamos e somos seus amigos e, porque percebemos que nos amam pelas suas atitudes, também são nossos amigos.

E se falarmos de Deus? Nele sim podemos encontrar um AMIGO PERFEITO. Não podemos encontrar melhor amigo do que Ele. Nenhum outro está vinte e quatro horas disponível para nos dar atenção. Ninguém conhece todos os nossos segredos e nos ama mesmo sabendo de TODAS as nossas imperfeições e de TUDO que já fizemos de errado. A amizade de Deus é perfeita porque seu amor por nós vai muito além do que nós humanos conseguimos alcançar.

Sabemos então que Deus é nosso amigo. Mas, sendo a amizade uma via de mão dupla, podemos nós também ser amigos de Deus? Alguma atitude que tenhamos pode nos tornar Seus amigos? Será que alguém tão poderoso, grandioso, santo e justo poderá nos considerar Seus amigos?

A resposta é sim. Abraão foi chamado amigo de Deus (Tiago 2:23). Deus considerou Enoque tão íntimo, tão amigo, que Gênesis 5:24 nos mostra que Deus o tomou para Si. Poderíamos citar outros exemplos, mas já deu para perceber que Deus deseja ser nosso amigo. A questão é se nós queremos ser Seus amigos. Lembre-se que SER AMIGO é uma atitude e depende de nós. Olha o que Jesus certa vez disse: 
Ninguém tem maior AMOR do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, SE FIZERDES O QUE EU VOS MANDO. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. João 15: 13-15
Nesse trecho, podemos entender o tipo de amizade que Deus nos dá; uma amizade que vai muito além de todas as características que falamos lá em cima; uma amizade que chega ao ponto de sacrificar-se pelo nosso bem; uma amizade maior que qualquer outra. Sem ressalvas, Jesus afirma que é nosso amigo e que não há amor maior que o dEle. 

No entanto, Ele deixa claro que, para sermos considerados Seu amigos, ou seja, para fazermos a nossa parte na amizade, devemos simplesmente obedecê-Lo. Fazer o que Ele nos manda é a condição para SERMOS amigos dEle. Abraão foi amigo de Deus por obedecê-lo, Enoque obedeceu tanto que a bíblia diz que ele ANDOU com Deus. O versículo a seguir confirma que para demonstrarmos o nosso amor por Ele, precisamos somente obedecê-Lo:
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. João 14:21
Será que temos feito a nossa parte na nossa relação de amizade com Deus? Será que temos obedecido? Temos demonstrado o nosso amor por Ele e sido Seus amigos? 

Que o Espírito Santo o leve a uma reflexão sobre o assunto e a uma decisão quanto a sua vontade de ser amigo de Deus, pois na próxima postagem o assunto continuará a ser abordado.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre o AÇÃO

"Existimos para ALCANÇAR aqueles que ainda não conhecem a Jesus, ACOLHER em nossa família a todos que estão ao nosso redor, AMAR ao nosso próximo como a nós mesmos, AVANÇAR no conhecimento da palavra da verdade e ADORAR ao nosso Senhor com todo o nosso ser".
A declaração de propósitos acima resume a razão de ser dos jovens e adolescentes da Igreja Metodista Wesleyana Betel em Petrópolis. Nela estão contidos os cinco objetivos do AÇÃO, que surge como um movimento de inconformados com os padrões deste mundo, dispostos a fazer a diferença através de suas atitudes e clamor pela vinda do Reino de Deus sobre a atual geração.